A santificação é essencial para a continuidade da vida cristã. É ela que impõe o limite aos acessos do mundo. Ou seja, não permite que o santificado ultrapasse a fronteira da fé preservada.
Toda licenciosidade exacerbada fica impossibilitada de ser praticada. O mundo com suas chamadas, festejos, gargalhadas lascivas permanecem a distância, ficando meramente suas investidas, sem chances efetivas de atraírem aquele que se santifica.
Alguns anos atrás eu estava em um parque de exposições com alguns conhecidos. Diante de uma conversa sobre santificação um determinado pastor disse: – “santificação exagerada é pecado”. Sinceramente não consegui entender o que ele dizia.
Como eu o conhecia bem, conjeturei: Será que ele estava dizendo que participar na mesa com ímpios não nos põe sujeitos a impiedades? Será que ele quis dizer que participar de administrações públicas tendenciosas, para não dizer corruptas, nos isentará de responsabilidades no dia do juízo? Ou que assistir um show de musicas profanas, sensuais, com letras controversas não maculará nossa mente? Esse pastor está bem mundanizado, acredito.
O apóstolo Pedro em sua carta diz: “Sede santos porque eu sou santo, diz o Senhor” (I Pedro 1:16). Esse é o padrão de Deus para o cristão. Quer dizer, a santidade de Deus exige a santidade do homem. E pior, ela não nos dá um limite máximo para tanto, o Senhor Deus é a nossa medida.
Já em Isaías notamos uma visão maravilhosa. Ele próprio narra que ao se deparar na presença de Deus caiu com o rosto no chão como um soldado na linha de frente. Seu corpo ficou absolutamente imóvel. A pergunta é, por que? Porque ele não detinha santidade suficiente para se manter na presença de Deus sem sofrer esse mínimo prejuízo.
A primeira coisa responsiva que ele elenca de si para Deus é que ele vivia cotidianamente entre um povo de diálogos impuros e que por isso não resistiria a glória de Deus sem sucumbir nos braços da morte.
O padrão de santidade para qualquer ser é altíssimo. Senão veja.
Isaías percebe anjos voando ao derredor do Altíssimo e enumera seis asas em cada um deles. E dois pares delas possuíam funções que no mínimo lhe admiraram.
Duas delas cobriam os olhos dos anjos. As outras duas cobriam-lhes os pés.
Isso implica em uma outra pergunta: Se os olhos e pés angelicais veem somente coisas divinas e andam por caminhos divinos e não são dignos de contemplar a Deus e sua majestade, o que dizer de nós pobres mortais?
Fica aqui novamente o imperativo do nosso Deus: “Sede santo porque Eu Sou Santo” (I Pedro 1:16)
Deus abençoe!
Pr. Adelino Eichelt